Já é corriqueiro associar tremores ao diagnóstico de doença de Parkinson. Toda a vez em que um familiar ou conhecido apresenta movimentos anormais, a ideia de possuir uma patologia neurodegenerativa vem à tona de forma quase que instantânea. Por consequência, cria-se uma certa angustia, gerando incertezas frente a doença de Parkinson. Porém, a referida doença ainda é pouco compreendida pela maioria das pessoas.
O tremor é um tipo de movimento involuntário, ou seja, não intencional, ocasionado pela contração dos músculos, de forma rítmica em uma ou mais partes do corpo. Mais comumente presente nas mãos, ele pode também ocorrer nas pernas, cabeça, tronco ou face. Muitas vezes se observam os movimentos durante o repouso, quando por exemplo, as mãos estão descansando sobre o colo. Porém em outras, eles surgem apenas durante a realização de uma tarefa, como segurar um objeto ou beber um copo de água.
Na realidade, o tremor é um sintoma e não propriamente uma doença, podendo ele ser uma manifestação de um grande número distinto de patologias. Dentre elas, há o tremor essencial, que é uma doença de inicio precoce e evolução lenta e o de transmissão hereditária, ou seja, que está presente entre pessoas da mesma família. O tremor pode ser também uma manifestação de uma doença metabólica, muitas vezes relacionado ao fígado ou à baixa concentração de açúcar no sangue. Pode ainda ser uma reação a alguma medicação de uso prolongado. Isto para citar apenas algumas causas que diferenciam os tremores.
Para fazer um diagnostico correto nós temos que levar em conta algumas características do tremor. Se ele ocorre de maneira delicada, acometendo somente as extremidades, com movimentos rápidos, ou se apresenta de forma mais grosseira, com movimentos mais amplos, presente em diferentes partes do corpo. Temos que analisar também o tempo de evolução dos sintomas, a idade quando os eles iniciaram, se eles ocorrem em apenas um ou ambos os lados. Se o paciente possui diagnóstico de outra doença ou faz uso de algum remédio. Muitas vezes não é fácil diferenciar uma causa de outra apenas pela história e pelo exame clínico, necessitado assim de estudos complementares como ressonância magnético do encéfalo e análise laboratorial, e ainda, observar como o paciente responde ao tratamento proposto.
Na doença de Parkinson ocorre a degeneração progressiva de certos grupo de células do sistema nervoso central, resultando em diferentes manifestações neurológicas com o passar do tempo. Sendo assim, o tremor será mais um dos sintomas presentes, e não o único. Com certeza ele é o mais fácil de se observar por um familiar ou amigo, porém nem sempre ele será o mais debilitante. Geralmente acomete um lado do corpo de forma mais intensa, se tornando mais pronunciado com o passar do tempo. Além do tremor, o paciente deve apresentar certa resistência quando for realizar algum movimento, caracterizada pela rigidez muscular. Ainda, ele pode ter uma hesitação em começar uma tarefa, como por exemplo, caminhar, e após já ter iniciado, terá dificuldade para modificar seu trajeto. Ainda, pode ter uma instabilidade para permanecer em pé, manter-se em equilíbrio. O grau de intensidade ou incapacidade que cada um deste sintomas se manifesta varia de um paciente para outro. Sendo assim, o tratamento será especifico para cada caso concreto.
Portanto, nem todo o tremor significa que o paciente tenha doença de Parkinson. Para fazer um diagnóstico correto, conforme anteriormente mencionado, é preciso levar em consideração diversas situações e manifestações clínicas. Um profissional com conhecimento na área neurológica sempre será necessário. Para o paciente e familiares orienta-se tranquilidade após a confirmação, tendo em vista que muitos recursos podem ser empregados para que se mantenha a independência e uma qualidade de vida muito produtiva.
Clínica de Neurocirurgia: Quais Condições Exigem Cirurgia e Como é o Processo de Recuperação
Este artigo aborda em detalhes as principais condições que exigem neurocirurgia, como hérnias de disco, tumores cerebrais e malformações vasculares. Explicamos em que situações a cirurgia é indicada, como é o processo de recuperação e acompanhamento pós-cirúrgico, e quais são as complicações mais comuns e formas de preveni-las. A compreensão do processo cirúrgico e dos cuidados pós-operatórios é essencial para uma recuperação eficaz e uma melhor qualidade de vida.