NEURORRADIOLOGIA INTERVENCIONISTA

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NEURORRADIOLOGIA INTERVENCIONISTA

NEURORRADIOLOGIA INTERVENCIONISTA

A neurorradiologia intervencionista é uma subespecialidade da neurologia destinada ao tratamento das condições neurológicas vasculares predominantemente. Este é realizado através de punções e cateterismos das artérias e veias do sistema nervoso. É uma das áreas com maiores avanços dentro da neurologia, com o desenvolvimento de novos dispositivos e técnicas. Aqui estão alguns exemplos notáveis:

1. Tratamento do acidente vascular cerebral isquêmico na fase aguda: O que era um dilema até poucos anos encontra hoje uma janela de soluções. O acidente vascular cerebral com oclusão de grandes artérias pode ocasionar grandes déficits neurológicos, mas se o paciente for encaminhado rapidamente a um serviço de emergência neurológica, temos hoje à disposição realizar a revascularização do vaso e assim salvar territórios do cérebro que poderiam evoluir com isquemia cerebral. Quanto antes chegar à emergência e realizado o procedimento, maior é a chance de recuperação.

2. Arteriografia cerebral (Angiografia cerebral): Apesar de se tratar de um procedimento antigo, ainda é o padrão-ouro no diagnóstico de doenças vasculares intracranianas. Mesmo com o desenvolvimento de novos aparelhos de Ressonância e tomografia, a Arteriografia cerebral apresenta maior acurácia no diagnóstico de pequenos aneurismas e malformações arteriovenosas cerebrais. Ocorreu também avanço nos equipamentos de angiografia que aperfeiçoaram ainda mais a técnica, como a aquisição 3D, e a associação com tomografia ainda durante a realização do exame.

3. Tratamento de aneurismas cerebrais: Desde o desenvolvimento da primeira micro mola para embolização de aneurismas cerebrais, o tratamento endovascular dos sacos aneurismáticos avançou a passos largos, sendo hoje o tratamento de escolha para alguns tipos de aneurismas, como de topo da artéria basilar e aneurismas fusiformes, graças ao uso de stents intracranianos modernos. Mas a técnica convencional com micro molas ainda é uma solução para diversos tipos de aneurismas sem a necessidade de craniectomia, com resultados excelentes e menor tempo de internação.

4. Tratamento de malformações arteriovenosas cerebrais: Este tipo de patologia agrupa algumas afecções como fístula dural e MAV cerebrais. Apesar de ser uma doença rara e a principal causa de hemorragia cerebral em pacientes jovens, a embolização com líquido embolizante mostrou-se muito eficaz e com uma adequada segurança para o paciente, com exclusão da malformação e suas regiões fistulares. Elas podem tanto acometer o cérebro como a medula.

5. Tratamento de estenose da artéria carótida: Uma das principais causas de acidente vascular cerebral isquêmico (AVCi), a estenose da artéria carótida é uma patologia comum, principalmente em pacientes tabagistas, diabéticos e dislipidêmicos. O tratamento com stent é rápido e apresenta uma rápida recuperação, com o paciente podendo receber alta em poucos dias após a cirurgia. O resultado a longo prazo já é conhecido, e a recorrência de novos eventos é rara.

6. Tratamento de hematoma subdural: Apesar de ser uma técnica nova no meio, o número de casos publicados e o sucesso do tratamento aumenta rapidamente, visto que é um problema extremamente comum nos idosos. Após melhor compreensão do que se trata os hematomas subdurais, percebeu-se que a embolização poderia além de reduzir o hematoma tanto na fase aguda quanto crônica quanto prevenir novos eventos devido à desvascularização dos vasos meníngeos que nutrem o neuroepitélio que produz os sangramentos.

7. Tratamento de estenose intracraniana: Apesar de ser um achado muito comum em pacientes com risco cardiovascular, sua indicação é restrita, devendo então ser discutido o tratamento com um neurorradiologista, antes que seja realizada uma angioplastia com stent.

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