Dores de Cabeça: Entenda tudo o que você precisa saber.

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Dores de Cabeça: Entenda tudo o que você precisa saber.

As dores de cabeça, também conhecidas como cefaleias, são um dos distúrbios mais prevalentes do sistema nervoso central e se tornaram uma das principais queixas da era moderna. Estima-se que cerca de 95% da população mundial experimente, pelo menos uma vez na vida, um episódio de dor de cabeça. Além disso, dados da Sociedade Brasileira de Cefaleia indicam que aproximadamente 50% das pessoas adultas sofreram com dor de cabeça pelo menos uma vez no último ano.

Diversos fatores podem contribuir para o surgimento das dores de cabeça, tais como estresse diário, maus hábitos alimentares, falta de exercícios físicos, tabagismo e o uso excessivo de dispositivos eletrônicos. É importante entender que as dores de cabeça podem se manifestar de formas diferentes, variando em causa, duração e intensidade, de acordo com o tipo específico de cefaleia.

Se você lida frequentemente com dores de cabeça, continue lendo este artigo para aprofundar o seu conhecimento sobre o assunto!

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O que é a dor de cabeça?

A dor de cabeça, popularmente conhecida como cefaleia, é uma das condições mais incapacitantes do mundo. Ela pode ser classificada em dois grupos: primária, quando não há uma causa específica, e secundária, quando há um fator desencadeante, como uma infecção aguda, uso excessivo de medicamentos, lesão cerebral, hidrocefalia, problemas vasculares ou até mesmo um tumor.

Principais sintomas

O sintoma mais característico da dor de cabeça é a sensação dolorosa na região da cabeça, que pode ser generalizada ou concentrar-se em áreas como olhos, testa, nuca, moleira, têmporas, entre outras.

Além da localização da dor, podem ocorrer outros sintomas à medida que a intensidade da dor aumenta, como hipersensibilidade dos sentidos (visão, olfato e audição), redução da cognição (memória, atenção e raciocínio), enjoos e náuseas, tonturas e fadiga física e mental.

Principais tipos de dor de cabeça

Segundo a Sociedade Brasileira de Cefaleia, existem mais de 150 tipos de cefaleia identificados pela ciência. Vamos abordar alguns dos principais tipos de dor de cabeça de acordo com a 10ª Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde, também conhecida como CID-10.

1. Cefaleia tensional

A cefaleia tensional é a forma mais comum de cefaleia primária, afetando entre 30% e 78% da população mundial, conforme o relatório da 3ª edição da Classificação Internacional das Cefaleias. Ela pode ocorrer ocasionalmente de duas formas: frequente e infrequente.

No primeiro caso, ocorre pelo menos 10 vezes em um trimestre; no segundo caso, pelo menos 10 vezes ao longo de um ano. Quando a dor de cabeça acontece em mais de 15 dias por mês, é classificada como dor crônica, podendo ser ainda mais incapacitante.

Geralmente, a cefaleia tensional pode surgir em qualquer fase da vida e está associada ao estresse diário ou dores na musculatura do pescoço, por exemplo. É descrita como uma sensação de pressão ou aperto ao redor da cabeça, às vezes se estendendo para o pescoço. As crises podem durar em média duas horas e se repetirem vários dias seguidos.

2. Cefaleia vascular

Essa cefaleia é classificada como secundária, pois está associada a problemas hemorrágicos ou vasculares que causam inflamação na região cerebral. Geralmente, as dores são de intensidade forte.

Exemplos de possíveis causas incluem meningite e acidente vascular encefálico isquêmico. Portanto, requerem investigação rápida e aprofundada para um tratamento eficaz.

3. Enxaqueca

A enxaqueca é uma forma primária de dor de cabeça. Geralmente começa na puberdade, mas é mais comum em pessoas entre 35 e 45 anos, principalmente em mulheres (em proporção de 2 para 1), devido a fatores hormonais, conforme a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS).

A enxaqueca é causada por mecanismos profundos no cérebro que levam à liberação de substâncias inflamatórias, resultando em dor ao redor dos nervos da cabeça. A dor é moderada a grave, pulsante e latejante, podendo durar de duas horas a dois dias, segundo a OPAS.

A enxaqueca pode ser unilateral ou afetar ambos os lados da cabeça. É agravada após atividades físicas e frequentemente vem acompanhada de náuseas, vômitos, sensibilidade à luz e ao som.

Em casos mais severos, pode causar dor abdominal e alterações visuais, conhecidas como aura, que incluem luzes piscantes, linhas em zigue-zague, estrelas e pontos cegos. Em crianças, as crises tendem a ser mais curtas e os sintomas abdominais são mais comuns.

4. Cefaleia crônica pós-traumática

A cefaleia crônica pós-traumática é classificada como secundária, surgindo após algum tipo de lesão no encéfalo. Um exemplo conhecido é o traumatismo craniano. Está presente em cerca de 29,6% dos casos, de acordo com um estudo publicado nos Arquivos de Neuropsiquiatria. Quando os impactos do trauma são controlados e reduzidos, a cefaleia geralmente desaparece.

5. Cefaleia induzida por uso de medicamentos

Esse tipo de cefaleia é secundário, resultando do uso crônico e excessivo de medicamentos para tratar a dor de cabeça, conhecido como efeito rebote. É a forma mais comum de cefaleia secundária, podendo afetar até 3% da população, conforme a Revista Infarma, do Conselho Federal de Farmácia (CFF). Essa dor de cabeça persistente tende a piorar ao acordar.

Outros tipos de dor de cabeça

Existem outras condições de saúde que podem desencadear diferentes tipos de dor de cabeça, como:

– Dores de cabeça relacionadas a resfriados e alergias (como sinusite e rinite);

– Dores de cabeça causadas por questões hormonais (mais comuns em mulheres);

– Dores de cabeça decorrentes do consumo excessivo de cafeína;

– Dores de cabeça provocadas por esforço físico intenso após atividades físicas intensas;

– Dores de cabeça associadas à hipertensão arterial (neste caso, a dor pode ser pulsante e sinalizar uma emergência).

Importância do diagnóstico

O diagnóstico é fundamental para identificar as possíveis causas da dor de cabeça e os gatilhos que agravam os sintomas. Isso permitirá iniciar o tratamento adequado para cada caso e controlar a ocorrência das crises.

Por isso, é importante marcar uma consulta médica caso você sofra com cefaleia de forma recorrente ao longo do mês. O profissional mais indicado para avaliar, tratar e acompanhar problemas relacionados à dor de cabeça é o neurologista. No entanto, você também pode procurar outros especialistas, como clínicos gerais, médicos de família e endocrinologistas, que poderão encaminhá-lo, se necessário, para um especialista em neurologia.

Tratamento para a dor de cabeça

O tratamento adequado das cefaléias depende do reconhecimento das condições e do diagnóstico correto feito por um profissional de saúde. Geralmente, o diagnóstico das cefaleias primárias é clínico e baseado na anamnese (histórico do paciente) e no relato dos sintomas.

Em alguns casos, exames de imagem, como tomografia ou ressonância magnética, podem ser indicados para diagnosticar cefaleias de causas secundárias. Com base no diagnóstico, o neurologista pode prescrever um ou mais medicamentos para o tratamento do quadro clínico. Isso pode incluir desde analgésicos de venda livre até medicamentos manipulados.

Além disso, a identificação dos gatilhos da dor de cabeça é fundamental para que você possa adotar mudanças no estilo de vida que proporcionem alívio ou até mesmo redução completa dos sintomas ocasionais. Algumas medidas incluem seguir uma dieta alimentar mais saudável, praticar exercícios físicos regularmente e estabelecer uma rotina de sono adequada.

Em casos mais complexos, existem outras opções de tratamento, como neuroestimuladores periféricos, bloqueios anestésicos, acupuntura, aplicação de toxina botulínica, entre outros. Cada paciente deve receber um tratamento personalizado conforme a orientação médica.

Subdiagnóstico da cefaleia

O subdiagnóstico da cefaleia ocorre frequentemente devido à falta de conhecimento sobre o assunto. Muitas vezes, como as crises são episódicas, não contagiosas e não representam um risco de morte iminente, a população tende a não dar a devida atenção ao problema.

Estima-se, de acordo com a Academia Brasileira de Neurologia (ABN), divulgado na Agência Brasil, que oito em cada dez pessoas que sofrem de dor de cabeça se automedicam, o que pode mascarar o problema subjacente e agravar a condição.

Portanto, é fundamental buscar ajuda médica caso a cefaleia seja recorrente e impacte significativamente a qualidade de vida, tornando-se incapacitante. Cuidar da saúde é uma forma de autocuidado e pode evitar complicações futuras.

Conclusão

As dores de cabeça são uma realidade comum para muitas pessoas e podem ter origem em diferentes fatores. É essencial compreender os diversos tipos de cefaleia, seus sintomas e causas para buscar o tratamento adequado.

Consultar um médico especializado é fundamental para receber o diagnóstico correto e, consequentemente, o tratamento mais eficaz para controlar ou aliviar as dores de cabeça. Adotar um estilo de vida saudável, com alimentação balanceada, prática regular de exercícios físicos e uma rotina de sono adequada, também pode contribuir para evitar e reduzir o impacto das crises de dor de cabeça.

Não subestime a importância de cuidar da sua saúde e bem-estar. Procure ajuda médica sempre que necessário e cuide-se!

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