Tudo que fazemos, desde o pensamento até a ação, só é possível porque o cérebro é o responsável pelo desempenho de todas as nossas atividades. Além de ser o comandante dos nossos movimentos, é nele que ficam armazenadas as nossas lembranças e todo o nosso conhecimento.
Com o avanço da idade, ocorrem muitas mudanças em nosso cérebro e as dificuldades com a memória se tornam frequentes. As recordações mais antigas permanecem vivas, mas lembrar de acontecimentos recentes torna-se complicado. É comum que um idoso se lembre perfeitamente de momentos de sua infância, mas esqueça seu número de telefone e até mesmo troque os nomes de seus netos.
O envelhecimento pode trazer déficit de atenção, mas é preciso estar atento. Se a pessoa passar a cometer deslizes frequentes, como esquecer o nome de um parente ou amigo, esquecer de pagar uma conta, ou realizar alguma outra tarefa, pode ser um sinal de alerta e a atenção deve ser redobrada. Nesse caso, é essencial a realização de exames para diagnóstico e tratamento, porque há chances de ser uma doença mais séria, e não apenas um problema da idade.
Para realizar o diagnóstico é preciso avaliar se as perdas são de memórias recentes ou tardias. É muito comum o idoso não querer admitir que esteja ficando esquecido, nestes casos, não há dúvida de que o problema é grave e deve ser tratado de forma adequada, a fim de obter resultados de recuperação mais rápidos.
Uma doença muito comum entre idosos, considerada a mais devastadora da memória, é a doença de Alzheimer. Ela é caracterizada pela diminuição do número de neurônios e por depositar no cérebro a proteína beta-amiloide. Assim, o cérebro vai perdendo sua função intelectual e provoca o esquecimento que aumenta cada vez mais. Há casos em que o idoso esquece até mesmo de comer e de se vestir. Os dados impressionam: menos de 5% da população com 50 anos manifestam a doença, mas aos 90 anos, 50% da população tem Alzheimer.